Quebrando Paradigmas
2 de jun. de 2009
Zuenir Ventura teve uma atitude um tanto quanto ousada ao visitar a Chemical em 2007 no Riocentro. Sem dúvidas é meio bizarro imaginar um cara de no mínimo 70 anos, escritor, colunista, articulado, visitar uma rave considerado por muitos, lugar de drogados loucos q vibram ao som de musicas sem sentido q se resume em batidas constantes, talvez um pouco alucinantes e q de fato pra quem ouve de primeira um pouco enjoativa.
Porém na busca de uma opinião a respeito o próprio Zuenir teve a audácia d quebrar os paradigmas impostos pela sociedade e ir, ouvir e ver o que realmente é uma rave e o seu verdadeiro sentido. Além dos fundamentos da musica eletrônica que por sua vez é uma forma d expressão artística menosprezada pela sociedade.
De primeira como qualquer um poderia imaginar ou ate mesmo deduzir a rave pra ele seria uma orgia, um bacanal. Contudo ele mesmo cita que foi surpreendido, pois se encontrou em um lugar de muita festividade muita ordem e paz.
Para qualquer critico, isso poderia ser a opinião de um jornalista, que foi a uma rave por mera curiosidade e pesquisa e teve uma conclusão melhor do que esperada. Mas avaliando por outra visão podemos perceber que, como ele foi surpreendido qualquer um pode ser. Isso depende da disponibilidade que se tem em conhecer algo novo e deixar-se ser apresentada a essa coisa sem nenhum preconceito, deixar ser instigado a uma conclusão despretensiosa.
Isso não acontece só em raves, é um ato comum ao ser humano criar um certo pré conceito ao que lhe parece novo. O Jô afirma ao Zuenir uma verdade despercebida por muitos: quando se refere aos jovens ou coisas comuns a eles, sempre há um preconceito. É como com as crianças que muitas vezes quando estão quietas os pais sempre suspeitam que estejam fazendo alguma coisa errada. Isso não quer dizer que os jovens só por frequentar raves gostar da liberdade de expressão que ela proporciona e a se sentir bem ao som frenético de altos BPMs são loucos drogados.
Quem sabe um dia esse paradigmas serão quebrados e considerem a musica eletrônica como uma expressão cultural, uma forma de arte. E que enxerguem que esse vazio cultural da atualidade apenas esta passando por uma atualização e que os jovens não estão virando inúteis devido à grande evolução da tecnologia, mas sim considerados inúteis por não ter espaço pra se expressarem.
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